Era ela quem lavava minha roupa
Era ela quem fazia o meu café
Era ela quem ficava lá no morro
Acenando o lenço branco, esperando eu sumir
Ela mesma me esperava todo dia
Ao bater da Ave Maria
Pra rezar e jantar e dormir
Doce lar, doce lar
Hoje dama da sociedade
Sem responsabilidade
Finge ser o que não é
No turbilhão de granfinos
Vai misturando destinos
Barracão e arranha céu
Pensa que mudou suas maneiras
Mas quem já viveu no morro
Não se esquece das goteiras
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