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sábado, 26 de dezembro de 2009

Rosa de Ouro (Elton Medeiros - Paulinho da Viola - Hermínio Bello de Carvalho)

Ela tem uma rosa de ouro nos cabelos
E outras mais tão graciosas;
Ela tem outras rosas que são os meus desvelos.
E seu olhar faz de mim um cravo ciumento
Em seu jardim de rosas.
Rosa de ouro, que tesouro
Ter essa rosa plantada em meu peito!
Rosa de ouro, que tesouro
Ter essa rosa plantada no fundo do peito!

Essa rosa de ouro que eu trago nos cabelos,
E outras mais tão graciosas,
Floresceu no lindo jardim dos meus desvelos;
Brotou em meu coração e cravos ciumentos
Querem colher - o que? - a rosa.
Rosa de ouro, singela,
Quero ofertar esta rosa tão bela!
Rosa de ouro, singela,
Quero ofertar a você esta rosa tão bela!
Quero ofertar a você esta rosa tão bela!

Dona Carola (Nelson Cavaquinho – Nourival Bahia – Walto Feitosa)

Levantei-me da cama
Sem poder
Até hoje ninguém
Veio me ver
Fui amigo enquanto
Eu tive dinheiro
Hoje eu não tenho companheiro

Hoje eles fogem de mim, mas não faz mal
Amigo é só pra levar meu capital
Se não fosse Dona Agusta e a Dona Carola
Eu saía do Hospital de camisola...

Quatro crioulos (Elton Medeiros – Joacyr Santana)

São 4 crioulos inteligentes
Rapazes muito decentes
Fazendo inveja a muita gente
Muito bem empregados numa secretaria
Educados e diplomados em filosofia

E quando chega fevereiro
Ver os crioulos no terreiro
É sensacional
No dia de carnaval
São figuras de destaque
No desfile principal

Senhora Rainha (Hermínio Bello de Carvalho – Villa Lobos)

As estrelas do chão dos seus olhos
Senhora rainha eu quero beijar
Que já tarda esta noite , ó senhora rainha da rosa bordada de sol
Que a lua espreita no céu
Debruçada no mar, esperando você
Nós queremos colher pra depois te ofertar
Esta rosa de ouro a você

Este é o tempo da mais rósea primavera
Dos gorgeios dos mais lindos rouxinois
Este é o tempo, ó senhora magestade
De dourar todas as pedras do chão
E a chuva que escorrer vai pratear
Todos os campos onde houver uma esperança
E quando outra primavera despontar
Outra rosa de ouro virá

Linda Flor “Ai Ioiô” (Henrique Vogeler - Luis Peixoto - Marques Porto)

Ai, ioiô
Eu nasci pra sofrer
Foi olhar pra você
Meus zoinho fechou
E quando os olhos abri
Quis gritar, quis fugir
Mas você
Eu não sei porque
Você me chamou
Ai, ioiô
Tenha pena de mim
Meu senhor do Bonfim
Pode inté se zangar
E se ele um dia souber
Que você é que é
O ioiô de iaiá
Chorei toda noite, pensei
Nos beijo de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não
Chorei toda noite, pensei
Nos beijo de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não

Os rouxinóis (Lamartine Babo)

Os rouxinóis entre as flores procuram seus amores
É lindo o cântico das aves
As melodias se renovam tão suaves
Salve os rouxinóis!

Surgem orquestras nos arrebóis
Sustenidos são feridos e se ouvem à meia voz os bemóis
Porque os rouxinóis foram buscar Amor-perfeito
E no canteiro já desfeito da Amizade
Só encontraram Saudade

Sem sonhos os rouxinóis se vêem a sós tristonhos
E se consolam com as sutis cigarras
Cigarras sutis cada qual mais feliz
Pois cantam, cantam, cantam, depois se desencantam
Cantar até morrer é o seu infinito prazer

Estão os rouxinóis nos arrebóis silentes
Descrentes de seus amores pelas lindas flores
Nesta canção, pensando bem
O amor dos rouxinóis é o nosso amor também

Jura (Sinhô)

Jura, jura, jura
pelo Senhor
Jura pela imagem
da Santa Cruz do Redentor
pra ter valor a tua jura
jura, jura
de coração
para que um dia
eu possa dar-te o amor
sem mais pensar na ilusão

Daí então dar-te eu irei
o beijo puro da catedral do amor
Dos sonhos meus, bem junto aos teus
para fugirmos das aflições da dor

Escurinho (Geraldo Pereira)

O escurinho era um escuro direitinho
Que agora tá com essa mania de brigão
Parece praga de madrinha ou macumba
De alguma escurinha que lhe fez ingratidão
Saiu de cana ainda não faz uma semana
Já a mulher do Zé Pretinho carregou
Botou embaixo o tabuleiro da baiana
Porque pediu fiado e ela não fiou

Já foi no Morro da Formiga procurar intriga
Já foi no Morro do Macaco e lá bateu num bamba
Já foi no Morro dos Cabritos provocar conflitos
Já no foi no Morro do Pinto pra acabar com o

Se Eu Pudesse (Germano Augusto - Zé da Zilda)

Se eu pudesse e meu dinheiro desse
A nossa vida ficaria muito mudada
O seu amor é que interessa
E de mim você se esquece
Só porque não tenho nada

Se eu pudesse eu virava pra você
Uma lavadeira, uma passadeira
Arrumava uma roupa bonita pra poder passear
Se eu pudesse seria pra você um rainha
Mas de mim você se esquece
Só porque não tenho nada

Você só pensa em dinheiro graúdo
E por isso esbanja tudo sem saber se controlar
Dinheiro eu não posso fabricar
Pois a vontade de ser rica é que vai nos separar
O dinheiro não dá

Clementina, cadê você (Elton Medeiros)

Clementina, cadê você?
Cadê você, cadê você?

Foi peixeira lá na roda
Do famoso Cartolinhas
Já brilhou nos caxambus
E hoje aqui ela é rainha

As estrelas lá no céu
Parece estar anunciando
Clementina de Jesus
Nesta roda vem chegando

O partido é de fato
Uma grande epopéia
Daqui a pouco a Clementina
Vai fazer prosopopéia

Clementina de Jesus
É de fato partideira
Tira verso improvisado
Num partido de primeira

Benguelê (Pixinguinha- Gastão Viana)

Benguelê, benguelê, benguelê ô mamãe Zimba, Benguelê
Tracatraca eu vi Nanã tatarecou
Tracatraca eu vi Nanã tatarecou
Ô kizumba, kizumba, kizumba
Vamos sarava
Quem ta no reino
Vamos saravá
Mamãe Zimba chegou, ta no reino
Mamãe Zimba vamos sarava
Vamos saravá, vamos saravá, vamos saravá

Nasceste de uma semente (José Ramos)

Mangueira, nasceste de uma semente
À beira de uma nascente
Você não pode morrer
Mangueira, onde o sol faz a sombra
Aonde o poeta faz samba
Pro mangueirense viver

Lá no morro de Mangueira
Tem subida e temn descida
Queira Deus que lá não seja
A perdição da minha vida

A Mangueira é muito grande
Dá galhos pra todo lado
E os frutos que ela dá
Todos são aproveitados

Mangueira....

As estrelas no céu correm
Eu também quero correr
Elas correm atrás da lua
E eu atrás do bem-querer

Lá no céu tem todo azul
Na terra tem toda cor
Na boca de quem não presta
Quem é bom não tem valor

Bate Canela (Tradicional)

Sinhá Maria tem sete filho
Todos sete pequenininho
Panelinha, pequenininha
Todos sete querem comer
Ora, bate canela que eu quero ver
Ora, bate canela que eu quero ver

domingo, 20 de dezembro de 2009

Defesa (Mirabeau - Jorge Gonçalves - Vital De Oliveira)

Se você chegasse a tal conclusão dos fatos
Não abria a boca só para dizer tolisses
Quando eu lhe dava do chapéu até o sapato
E garanto que isso você ainda não disse
Hoje você vive por aí me difamando
Que sou hipócrita, sou cruel, sou tudo enfim
O que é de bom é só você
E o que é de mau é só pra mim

Pouco importa que digam a de mim o que quiser
Mas na verdade eu sei honrar meu santo nome de mulher
Embora você diga a todo mundo que eu não presto
Mas pra ganhar meu pão eu ganho honesto

Ingenuidade (Serafim Adriano)

Não
Eu não podia me enganar assim
Com uma criança qualquer
Que veio ao mundo bem depois de mim
Eu não reclamo o que ela fez
Só condeno a mim mesmo
Por ter me enganado outra vez

Eu fiz o papel de um garotinho
Quando arranja a primeira namorada
Na ingenuidade, acredita em tudo
Porque do amor não entende nada
Esqueci que um dia machuquei meu coração
E levei muitos anos pra curar
E fui tornar molhar meus olhos
Coisa que eu luto a muitos anos pra enxugar

Pergunte ao João (Helena Silva - Milton Costa)

Quem quiser ver é só subir o morro
O samba mora no meu barracão
Quem quiser ver é só subir o morro
O samba mora no meu barracão

Pergunte ao João
Ele sabe a morada
Ele sabe a picada
Para o meu barracão

Incompatibilidade de Gênios (João Bosco - Aldir Blanc)

Dotô,
Jogava o Flamengo, eu queria escutar.
Chegou,
Mudou de estação, começou a cantar.
Tem mais,
Um cisco no olho, ela em vez de assoprar,
Sem dó falou,
sem dó falou ,que por ela eu podia cegar.

Se eu dou,
Um pulo, um pulinho, um instantinho no bar,
Bastou,
Durante dez noites me faz jejuar
Levou,
As minhas cuecas pro bruxo rezar.
Coou,
Meu café na calça prá me segurar

Se eu tô
Devendo dinheiro e vem um me cobrar
Dotô,
A peste abre a porta e ainda manda sentar
Depois,
Se eu mudo de emprego que é prá melhorar
Vê só,
Convida a mãe dela prá ir morar lá

Dotô,
Se eu peço feijão ela deixa salgar
Calor,

Mas veste o casaco veste casaco prá me atazanar
E ontem,
Sonhando comigo mandou eu jogar
No burro,
E deu na cabeça a centena e o milhar

Quero me separar